Na tarde soalheira de Sábado, dia 6 de Novembro, num dia que acabou numa magnífica festa com a realização da 1ª RAU, Rugby Annual Union do GRUFC, as equipas competitivas do Guimarães Rugby Union Football Club, de Sub 18 e Seniores tiveram mais embates com os quase vizinhos do CRAV.
Com mais de uma centena de adeptos presentes na Pista Gémeos Castro, os Bravos de Guimarães evoluíram de duas derrotas de 0-52 no caso dos sub 18 e 08-29 nos seniores, para 0-37 e 06-10 respectivamente.
O sucesso de evolução do GRUFC mostra que o rugby praticado em Guimarães está a todo o vapor a encurtar distâncias para os clubes da região permitindo sonhar com novos sucessos desportivos num futuro próximo.
Sub 18 em embate de coragem e determinação
Recordando os encontros da época passada, esperava-se um desafio duro e combativo, onde a equipa forasteira, com um jogo baseado no seu poderoso pack avançado e muita experiência competitiva, fruto dos muitos anos de prática da modalidade que o clube arcoense já leva, conseguiu sempre levar de vencida a equipa do Castelo.
Apesar da diferença que ainda se regista entre as duas formações, o jogo começou equilibrado conseguindo o XV vimaranense aguentar durante 12 minutos sobre forte pressão, tendo sofrido o primeiro ensaio numa jogada de insistência dos avançados visitantes.
Seguiu-se mais um período de forte pressão sobre o GRUFC, que com muita tenacidade e coragem conseguiu repelir o adversário para o seu meio campo. Ao terminar a 1ª parte, fruto de uma distracção num alinhamento lateral, o CRAV marcou o segundo ensaio, saindo para o descanso com uma vantagem muito suada de 0 – 10.
O segundo tempo começou com a conversão de uma penalidade para o CRAV, que elevou o resultado para os 13 pontos sem resposta, ao que se seguiu o melhor período dos locais que, durante 25 minutos, carregaram sobre o oponente, obrigando-o a um esforço digo de nota para manter inviolada a sua linha de meta.
O encontro terminou com um resultado de 0 – 37, favorável à equipa do Alto Minho, resultado este que peca pela falta de pontos por parte do XV local, merecidos pela forma como encarou um jogo difícil e de que se sabia que dificilmente sairia vencedor.
SENIORES MOSTRAM MUITA EVOLUÇÃO
Os seniores entraram em campo com a memória do último jogo bem fresca e com muita vontade de mostrar o que o tempo de evolução de um ano poderia fazer no seio deste jovem grupo.
O CRAV B era a equipa que melhor poderia exemplificar a evolução do GRUFC – CENATEX e o resultado aqui alcançado, contra uma equipa tão experiente (recorde-se que boa parte da equipa B do CRAV já jogou ao mais alto nível) que tanto tem uma avançada pesada como uma linha atrasada com muitos recurso técnicos poderia mostrar se o GRUFC pode sonhar com outros voos.
O GRUFC-Cenatex entrou muito nervoso em campo, fruto do importante dia que teria pela frente com a GALA de Aniversário a interferir na concentração da equipa, facto esse que permitiu aos Arcoenses começarem o jogo a pressionar a defesa vimaranense.
A resposta dos Bravos não poderia ser melhor e com um jogo muito agressivo defensivamente conseguiram suster todos os ataques do CRAV que mostrava um entendimento muito grande na sua linha atrasada.
Os Bravos rapidamente se conseguiram recompor deste nervosismo inicial e depois de vários ataques sem sucesso do adversário recuperaram a bola e paulatinamente foram ganhando terreno, quer através de jogadas em força dos avançados, que através de perfurações da linha defensiva por parte dos ¾’s vimaranenses.
Aos 29 minutos de jogo finalmente o marcador mexia com o terceira linha vimaranense António Peixoto a pôr os da casa em vantagem com uma penalidade chutada aos postes. Estes pontos deram ao jogo ainda mais ânimo, com as duas partes a tentar mudar o marcador, o que não se verificou até ao intervalo.
O intervalo não trouxe grandes alterações no jogo que continuava muito agurrido, com muitas placagens efectivas, algo pouco usual nesta divisão, e sobretudo com algumas jogadas de muito bom nível, com Guimarães a mostrar que o jogo aberto e à mão tem agora outro nível no seio da equipa.
Aos 59 minutos de jogo os homens dos Arcos aproveitando uma falta à entrada da linha de 22 metros de Guimarães conseguiram jogar rápido e marcar o único ensaio da partida pondo o jogo em 03-07, pois ao ensaio foram acrescentados os pontos do chuto aos postes.
Apartir daqui a equipa da casa tentou correr atrás do prejuízo, mas sucesso já que o resultado aumentaria aos 63 minutos para os Arcoenses com mais 3 pontos da concretização de uma penalidade a deixar o resultado em 03-10 o que obrigava a um esforço ainda maior aos já muito desgastados Vimaranenses que tinham visto dois jogadores sair por lesão.
Aos 68 minutos uma nova esperança para os Bravos, com António Peixoto a meter a bola entre os postes após mais uma falta Arcoense e a deixar o resultado em 06-10.
O GRUFC –Cenatex tento até ao apito final mudar o marcador mas este ficaria inalterado até aos 80 minutos deixando o placar final em 06-10 o que permitiu ainda assim a conquista de um ponto bónus defensivo devido a uma derrota inferior a 7 ponto de diferença e que coloca os Bravos bem colocados para a disputa do acesso ao play-off nacional.
O treinador Francisco Fragateiro comento no final do jogo que “na verdade, o play-off não é um objectivo, será, porventura, uma consequência. Consequência do trabalho feito por toda a equipa de jogadores e técnica, do quais gostaria de sublinhar o excelente trabalho feito pelo nosso responsável de "team building", o incansável Rui Filipe Abreu e um trabalho essencial feito em parceria com um nosso conterraneo,o clube de atletismo JUNI, pelas mão de Gaspar Gonçalves e da Sandra Gonçalves, que nos "ensinaram" a dar os 1ºs passos na arte de correr.
Regemo-nos pelo principio da continuidade. E alinhados com essa forma de estar, focamos os esforços no objectivo principal, a aquisição de competências. E garantimos que se somam pequenas vitórias todos os dias. Tanto dentro, como fora do campo. Pois por muito trabalho que se faça, felizmente, vai haver sempre muito mais para fazer.”
Regemo-nos pelo principio da continuidade. E alinhados com essa forma de estar, focamos os esforços no objectivo principal, a aquisição de competências. E garantimos que se somam pequenas vitórias todos os dias. Tanto dentro, como fora do campo. Pois por muito trabalho que se faça, felizmente, vai haver sempre muito mais para fazer.”
Os jogos contaram com uma excelente arbitragem por parte do árbitro Oleg Dudcó, sempre didáctico e compreensivo com os atletas, facto este que sempre agrada ao público, e que desta vez se deslocou à Pista de Atletismo Gémeos Castro em considerável número, sendo que um desses espectadores era o Presidente da Federação Portuguesa de Rugby Dr. Carlos Amado da Silva, que se deslocou à cidade Berço para estar presente na Rugby Annual Union.
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